terça-feira, novembro 14, 2006

Aos Pés do Mestre - Boa Conduta - Parte II

Domínio da mente

A qualidade da ausência de desejos mostra que o corpo astral precisa de ser dominado, e o mesmo acontece em relação ao corpo mental. Isso significa domínio do temperamento, de modo a não poderes sentir cólera ou impaciência; domínio da própria mente, a fim de que o teu pensamento seja sempre calmo e sereno; e, por intermédio da mente, domínio dos nervos, a fim de que sejam o menos irritáveis possível. Este último objectivo é difícil de atingir, porque quanto tentas preparar-te para a Senda, não podes deixar de tornar o teu corpo mais sensível; de sorte que os teus nervos podem ser facilmente estremecidos por um som ou choque, e sentir de modo agudo qualquer pressão. Faz, porém, o melhor que te for possível.

Mente calma implica também coragem e firmeza: coragem para afrontares sem medo as provas e dificuldades da Senda, e firmeza para suportares as pequenas perturbações inerentes à vida diária e evitares os aborrecimentos incessantes, oriundos de pequenas coisas em que muita gente consome a maior parte do seu tempo. O Mestre ensina que não tem a menor importância o que aconteça exteriormente ao homem: tristezas, perturbações, doenças e perdas devem ser nada para ele, e não deve permitir que lhe afectem a calma do mental. São resultado das acções passadas e, quando chegam, cabe-te suportá-las alegremente, com a lembrança de que todo o mal é transitório, e de que é teu dever permanecer sempre contente e sereno. Pertencem às tuas vidas anteriores e não a esta; não poderás alterá-las; portanto, é inútil que te preocupes com elas. Pensa antes no que estás a fazer agora, e que determinará os acontecimentos da tua próxima vida, pois essa podes modificar.

Nunca cedas à tristeza nem ao desânimo. O desânimo é mau, porque contamina os outros e torna a vida deles mais difícil, o que não tens o direito de fazer. Portanto, sempre que venha a ti, deves repeli-lo imediatamente.

Deves, ainda dominar o teu pensamento de outro modo: não o deixes vaguear. Fixa o teu pensamento no que estiveres a fazer, a fim de que seja feito com perfeição. Não deixes a tua mente ociosa, porém mantém sempre nela bons pensamentos em reserva, prontos a avançar quando ela estiver livre.

Emprega diariamente o poder do teu pensamento em bons propósitos; sê uma força orientada para a evolução. Pensa cada dia em alguém que saibas estar imerso na tristeza e no sofrimento, ou a necessitar de auxílio, e derrama sobre ele os teus pensamentos de amor.

Preserva a tua mente do orgulho, porque este provém somente da ignorância. O homem que não sabe pensa ser grande por ter feito alguma grande coisa; mas o sábio compreende que só Deus é grande e que toda a boa obra é feita só por Ele.

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