quinta-feira, outubro 26, 2006

Aos Pés do Mestre - DISCERNIMENTO - Parte VII

O teu pensamento acerca dos outros deve ser verdadeiro; não penses a seu respeito aquilo que não saibas. Não suponhas que os outros estejam sempre a pensar em ti. Se um homem faz alguma coisa que julgas poder prejudicar-te, ou diz algo que parece ser-te dirigido, não suponhas imediatamente: “Ele pretende ofender-me”. O mais provável é que nunca pense em ti, pois cada alma tem as suas próprias preocupações, e os seus pensamentos não giram, a maioria das vezes, em torno senão de si própria. Se um homem te falar colericamente, não penses: “Ele odeia-me e quer ferir-me”. Provavelmente alguém ou alguma coisa encolerizou-o e, acontecendo encontrar-te, voltou a sua cólera sobre ti. Procede insensatamente, pois toda a cólera é insensata, mas nem por isso deves pensar falsamente a seu respeito.

Quando te tornares discípulo do Mestre, poderás sempre averiguar a veracidade do teu pensamento cotejando-o com o d’Ele. Pois o discípulo é um com o seu Mestre, e basta-lhe fazer retroceder o seu pensamento até o d’Ele para verificar se ambos estão de acordo. Se assim não for, o pensamento do discípulo é erróneo, e ele deve modificá-lo instantaneamente, pois o pensamento do Mestre é perfeito, visto que Ele tudo sabe. Aqueles que por Ele ainda não forem aceites não podem fazer isso perfeitamente; porém, serão bastante ajudados se se detiverem frequentemente a perguntar: “O que pensaria o Mestre a esse respeito? Que faria ou diria Ele em tais circunstâncias?” pois nunca deves fazer, dizer ou pensar o que não possas imaginar que o Mestre faça, diga ou pense.

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